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SOBRE O PROJETO XINGU

 

É um projeto de extensão universitária do Departamento de Medicina Preventiva, da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP). Teve início em 1965 quando, a convite de Orlando Villas-Boas, Diretor do Parque Indígena do Xingu (PIX), um grupo de médicos da Escola Paulista de Medicina foi avaliar as condições de saúde dos povos indígenas lá presentes. Esta visita marca o início de um programa de saúde que se estende até os dias atuais e da colaboração de uma escola médica na assistência aos povos indígenas e na formação de profissionais de saúde para atuar no contexto indígena. Havia risco de contágio por varíola, altamente letal e ainda não erradicada no Brasil à época.

 

DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE

 

A partir da avaliação das condições de saúde da população e do quadro epidemiológico reinante, ficou evidente para a equipe a necessidade de se desenvolver um programa de saúde que incluísse medidas curativas e preventivas e que tivesse assegurada sua continuidade, proposta esta que recebeu plena acolhida por parte de Orlando Villas-Boas. Nesses 59 anos, o Projeto Xingu passou por diversas etapas buscando, de um lado, responder às novas e crescentes demandas sanitárias consequentes à experiência de contato dos povos xinguanos com a sociedade nacional e, de outro, colaborar na luta para incluir, de forma diferenciada, a saúde indígena no Sistema Único de Saúde (SUS).

O trabalho do Projeto Xingu tem como eixos organizadores a formação de profissionais indígenas e não indígenas; a participação social e a Atenção Básica à Saúde dos Povos Indígenas. As atividades se diversificaram e a equipe do Projeto Xingu se ampliou para dar conta das novas demandas apresentadas pela SESAI, Distritos Sanitários Especiais Indígenas e o próprio Ambulatório do Povos Indígenas.

 

 

PRINCIPIOS NORTEADORES

 

São princípios norteadores do trabalho a interculturalidade, integralidade e intersetorialidade, expressos nos cursos de formação profissional e capacitação de indígenas e não-indígenas, e na organização diferenciada dos serviços locais de saúde, articulados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

 

 

MISSÃO

Contribuir no desenvolvimento de experiências, metodologias e tecnologias inovadoras, articulando de modo interdisciplinar a pesquisa, ação comunicativa e formação.

 

VISÃO

Ser referência na produção de conhecimentos e práticas voltadas para o campo da saúde indígena. Fortalecer e assessorar os processos de formação e educação profissional de indígenas e não indígenas para o trabalho em saúde em contextos interculturais.

 

VALORES

Protagonismo Indígena, Diálogo Intercultural, Transdisciplinaridade, Trabalho Coletivo, Princípio Educativo do Trabalho, Ética, Humanização.

 

Há 50 anos cuidando da saúde dos povos indígenas
Há 50 anos cuidando da saúde dos povos indígenas
Há 50 anos cuidando da saúde dos povos indígenas
Há 50 anos cuidando da saúde dos povos indígenas

 

 

Diário de Campo

 

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